quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Pode o Céu ser tão longe...

Vesti a luz do teu nome,
E chamei-te pela noite,
Entraste no meu sono,
Como o luar entra na fonte.

Trazes histórias e proezas,
Dizes que tens tanto pra me dar..
Deixas sombras, incertezas,
E partes, sem nunca me levar...

E de repente, um mar sozinho,
Ninguém na margem, ninguém no caminho..
Tão frio...
E o teu beijo, mata-me a distância,
Ninguém tão perto, pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora.. Quando o teu vai embora..


Porque o teu Mundo,
É tão longe, tão longe..
Pode o Céu ser tão longe..
Tão longe, tão longe...
Se a tua voz vive em mim...


Há um deserto que fica,
Sou um capitão sem barco,
E quando vens pela bruma,
Acendem-se estrelas no quarto.

E dizes:
"Trago a Luz das Sereias, trago o canto da tempestade"
E como o vento na areia,
Deitas-te em mim, feita metade.

E de repente, um mar sozinho,
Ninguém na margem, ninguém no caminho...
Tão frio...
E o teu beijo, mata-me a distância,
Ninguém tão perto, pode o que o beijo alcança,
E o meu corpo chora.. Quando o teu vai embora...


Porque o teu Mundo,
É tão longe, tão longe,
Pode o Céu, ser tão longe...
Tão longe, tão longe,
Se a tua voz vive em mim...


Pedro Abrunhosa

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